Futebol-empresa: análise da Lei de Responsabilidade Fiscal do futebol brasileiro

ISSN 1980-7791

Publicado na Revista Eletrônica Direito e Política, no volume nº 11, nº 2 (pp. 508-533), editada pela Universidade do Vale do Itajaí.

O artigo  visa a expor as mudanças trazidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte – LRFE e suas principais consequências no futebol brasileiro. Objetiva-se, por meio da óptica do futebol-empresa, observar se e, caso positivo, como e de que maneira a referida lei poderá produzir efeitos no sentido da modernização do futebol e da profissionalização de sua gestão, não apenas no sentido de promover governança, mas também em sua gestão fiscal. Por meio do método hipotético-dedutivo e da metodologia bibliografia e documental, tem-se como objetivos específicos analisar três pontos principais da LRFE: a) o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro – Profut, verificando as condições necessárias para que as entidades desportivas dele façam parte, bem como dos pressupostos para o refinanciamento de dívidas perante a União; c) a influência que a ideia de fair-play financeiro possui nessa lei; e c) analisar os incentivos à governança desportiva, mais especificamente, por meio da responsabilização solidária e ilimitada dos dirigentes por determinadas situações dispostas em lei, que configuram gestão temerária, como no caso de desvio de finalidade e a criação de risco excessivo e irresponsável para o patrimônio do clube. Observa que a União, no caso vertente, funciona como verdadeira credora, uma vez que permite o parcelamento das dívidas, mas, como contraprestação, exige diversas medidas fundamentais para a modernização do esporte no Brasil.

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